Plantas e Hortaliças

Planta medicinal – Confrei

Confrei

Botânica

Nome científico: Symphytum officinale, L.

Sinonímia: consolida e confrei.

Origem e descrição da planta: originária da Europa e da Ásia, a espécie, encontrada no Brasil apenas em forma cultivada, tem porte herbáceo, caule muito curto com as folhas longas (25 cm), sendo as inferiores maiores do que as superiores, dispostas radialmente, chegando a quase meio metro de altura, de forma oblongo lanceolada, superfícies ásperas e com nervuras bem visíveis.

Cultivo

Hábito de crescimento: erva.

Ciclo da planta: perene.

Propagação: pedaços da parte subterrânea que é formada por pequena touceira com rizoma carnoso.

Forma de cultivo: plantada em canteiros, com espaçamento de 50 cm entre plantas x 50 cm entre linhas.

Adubação: por ocasião do plantio (em fundação) colocam-se 10 kg de composto orgânico ou esterco de curral por m² de canteiro, repetindo essa

mesma adubação (em cobertura), anualmente, em setembro ou outubro.

Solo e irrigação: o solo deve ficar úmido, porém não encharcado.

Como essa espécie pode ser atacada pela bactéria que provoca a podridão da raiz, antes do plantio deve-se incorporar cal ao solo, na proporção de 4 litros para um canteiro de 5 metros de comprimento.

Luminosidade: a planta não se desenvolve bem em condições de sol pleno, requerendo 50% de sombreamento.

Colheita e secagem: colhem-se as folhas maiores, com mais ou menos 30 cm, secando-as à sombra.

Naturezas química e farmacológica

Partes utilizadas: folhas.

Constituintes químicos: alantoína que é cicatrizante e hidratante e sinfitina e equimidina (alcalóides pirrolizidínicos), que são tóxicos.

Formas de uso: tintura, sabão e pomada.

Indicações: cicatrizante, hidratante e anti-inflamatório de usos locais, indicados nas queimaduras provocadas por água quente, fogo e exposição demorada ao sol e nos ferimentos, fraturas ósseas e feridas causadas por rompimento de varizes.

Obs: o uso, por via oral, do confrei e de suas preparações, é proibido pelos Ministérios da Saúde, do Brasil e de outros países. Não se deve beber suco ou chá de confrei nem, tampouco, comer as suas folhas e raízes como verduras, pois os alcaloides podem atacar o fígado causando câncer, hepatite e/ou cirrose hepática.

Receitas caseiras

Tintura:

Indicações: cicatrizante de uso local dos ferimentos.

Ingredientes: 90 g de folhas frescas picadas bem miúdas, 240 ml de álcool e 120 ml de água filtrada e fervida.

Modo de preparar: colocam-se as folhas picadas de molho no álcool misturado com a água, deixando em repouso por 5 dias. Em seguida, côase

e guarda-se em frasco bem fechado.

Modo de usar: aplicar no ferimento com um chumaço de algodão.

Prazo de validade: 3 meses.

Cozimento

Indicações: cicatrizante de uso local dos ferimentos.

Ingredientes: 20 g de folhas frescas trituradas e 100 ml de água filtrada e fervida.

Modo de preparar: Levam-se os ingredientes ao fogo por 5 a 7 minutos e côa-se.

Modo de usar: aplicar o cozimento, ainda morno, no local.

Prazo de validade: 3 dias.

Sabão

Indicações: para limpeza da pele.

Ingredientes: 8 folhas de confrei, 2 (duas) barras pequenas (400 g cada) de sabão de coco e 1 copo de água (150 ml).

Modo de preparar: colocam-se as folhas do confrei com 1 copo de água no liquidificador e depois côa-se.

Raspa-se o sabão de coco e leva-se ao fogo, numa panela, para derreter, adiciona-se o sumo das folhas de confrei e deixa-se ferver até engrossar.

Untam-se fôrmas de tamanhos e formas desejadas com óleo de cozinha, despeja-se a massa ainda quente, desenformando depois de fria.

Modo de usar: faz-se a higiene do corpo, passando o sabão sobre a pele.

Prazo de validade: 3 meses.

Pomada

Indicações: contusões, deslocamentos de ossos, queimaduras provocadas por fogo e água quente e feridas cancerígenas.

Ingredientes: 5 folhas de confrei, 150 ml de água filtrada e fervida, lanolina e vaselina.

Modo de preparar: lavam-se em água corrente as folhas de confrei, cortam-se em pequenos pedaços em uma tábua de carne e bate-se no liquidificador, juntamente com a água, adicionando ambos aos poucos, para extração do suco.

Côa-se o suco e mede-se a quantidade com o auxílio de um recipiente graduado.

Misturam-se o suco com a lanolina, na proporção de 1:1 (uma parte de suco para uma parte de lanolina) em uma bacia de plástico pequena, mexendo-se bem, sempre no mesmo sentido.

Quando a mistura estiver ligada, adiciona-se a vaselina, também na mesma proporção, mexendo até ligar.

Leva-se ao fogo em banho-maria, por meia hora e embala-se em potes.

Modo de usar: aplica-se uma camada fina sobre a área afetada.

Prazo de validade: 6 meses.

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