Aroeira
Botânica
Nome científico: Myracrodruon urundeuva Fr. All. (Syn. Astronium urundeuva) Engl.
Sinonímia: aroeira-do-sertão e urundeúva.
Origem e descrição da planta: árvore alta, comum na caatinga, na mata das serras secas e no sertão de todo o Nordeste.
Fornecedora de madeira de lei, corre o risco de extinção devido ao seu intenso uso.
Cultivo
Hábito de crescimento: árvore.
Propagação: através de sementes.
Forma de cultivo: em covas, com espaçamento de 10 m entre plantas.
Adubação: 5 kg de composto orgânico ou esterco de curral, bem curtido, por cova, antes do plantio (em fundação).
Irrigação: diária.
Colheita e secagem: colhe-se a casca da árvore adulta e utiliza-se em até 3 meses.
Naturezas química e farmacológica
Partes utilizadas: a entrecasca (parte interna da casca), depois de retirada a parte de fora.
Constituintes químicos: casca muito rica em tanino.
Formas de uso: em formas de tintura, de cozimento e de elixir.
Indicações: adstringente, anti-inflamatório, antialérgico, cicatrizante e bactericida em relação ao Staphylococcus, especialmente em uso local.
Na gastrite e nas úlceras do estômago e do duodeno usa-se por via oral; nos casos de inflamações da pele e das mucosas (gengivas, garganta, vagina, colo do útero e ânus), o tratamento deve ser feito por meio de lavagens ou compressas.
Receitas caseiras
Tintura:
Indicações: na limpeza dos ferimentos, como cicatrizante.
Ingredientes: 200 gramas de casca de aroeira e 1 litro de álcool a 70%.
Modo de preparar: deixa-se a mistura em maceração durante 5 dias, filtra-se a solução obtida através de algodão e guarda-se em vidros bem fechados.
Cozimento:
Indicações: lavagem vaginal (cervicite).
Ingredientes: 100 gramas de entrecasca da aroeira e 1 litro de água.
Modo de preparar: fervem-se os ingredientes durante 10 minutos e côa-se.
Modo de usar: fazem-se lavagens da vagina, 2 a 3 vezes ao dia.
Prazo de validade: prepara-se a quantidade necessária para as 2 a 3 vezes diárias.